Vesgo não, estrábico!

O Estrabismo é uma condição na qual os olhos do paciente não ficam alinhados.

É mais comum em crianças mas, não se engane: também pode ocorrer em adultos. Quando isso acontece, o paciente costuma ter visão dupla (diplopia) e as causas são diversas, quase sempre associadas a outras doenças, traumas e más práticas com os olhos.

O cérebro é responsável tanto quanto os olhos pela nossa visão.

É no cérebro que as imagens captadas pelos olhos são interpretadas. Em pessoas com a visão normal e olhos alinhados, eles fixam-se nos objetos e cada um deles foca uma diferente imagem. As duas imagens captadas são passadas para o cérebro e transformam-se numa só. Essa característica do ser humano chama-se visão binocular, ou seja, quando os dois olhos permitem que tenhamos uma perceção tridimensional do mundo.

Pessoas com estrabismo não conseguem ver filmes em 3D.

Nos estrábicos, um dos olhos apresenta um desvio, que pode ser para dentro, para fora ou na vertical. Com isso, o estrábico enxerga com menor senso de profundidade, uma vez que o cérebro só consegue interpretar uma imagem.

3 principais tipos de estrabismo:
- Estrabismo convergente – quando um ou os dois olhos apontam para dentro
- Estrabismo divergente – quando um ou os dois olhos apontam para fora
- Desvios verticais – um olho mais para cima ou baixo do que o outro

Quando não tratado, o estrabismo pode causar outra condição chamada de ambliopia, também chamada de “olho preguiçoso”. O olho desviado começa a ficar “preguiçoso” o que faz com que perca ou não chegue sequer a desenvolver a função visual.

Essa é uma das consequências mais sérias do estrabismo, a falta de acuidade visual, não por razões orgânicas, mas por falta de utilização do olho já que o cérebro do estrábico deixa de usar a imagem que chega através dele.

O estrabismo precisa ser detetado precocemente nas crianças, pois se ele evoluir para a ambliopia, só pode ser revertido durante a infância.

O diagnóstico deve ser feito por um médico oftalmologista.

O tratamento do estrabismo vai depender da condição, da idade e do tipo de estrabismo. Um dos mais usados é a oclusão, ou seja, usa-se um tampão no olho sadio ou em ambos, algumas horas por dia, dependendo da idade da criança. Mas, esse tratamento só pode ser feito até os 8 anos de idade. Se isso não for feito, a criança corre o risco de perder a visão de um dos olhos.

O uso excessivo de eletrónicos, como tablets e telemóveis, estão a ser considerados os principais vilões do estrabismo convergente do adulto. Surge principalmente em pacientes jovens e míopes, onde o excesso de acomodação levaria a uma descompensação e desalinhamento ocular.

Se for diagnosticado cedo e seguir a risca com os exercícios e tratamento, o estrabismo pode ficar tão pequeno que não seja notado, ou mesmo desaparecer. Nos adultos a recuperação é mais lenta e pode contar com auxílio cirúrgico, mas também é capaz de corrigir o estrabismo.

Não deixe de fazer uma avaliação oftalmológica. Esperamos por si!

O QUE DIZEM OS NOSSOS PACIENTES

“A simpatia da equipa multidisciplinar e a delicadeza do corpo clínico, transmitem a confiança necessária para voltar sempre com a certeza que será sempre uma boa experiência.”

Daniel Pinhal

“Para mim a clínica Santa Maria Adelaide é sinónimo de confiança,profissionalismo e simpatia.
Agradeço o empenho de todos os que lá trabalham e com a certeza que voltarei sempre”

Carla Machado